domingo, 12 de janeiro de 2014

A Mulher Desiludida - Resenha Crítica



Olá, povo, pova. Vim novamente com a resenha de um livro que demorei séculos para ler, por falta de vergonha na cara, mesmo. Resultado: bom livro. Consequência: ficar um pouco deprimida e obter reflexão. Conclusão: vale muito a pena ler, especialmente para garotas. Este livro é REALISTA e desconstrutor da visão idealizada a respeito de relacionamentos conjugais. MULHERES, ACORDEM. A maior parte dos casamentos e até mesmo de namoros duradouros uma hora acaba, pois as pessoas mudam com o passar dos anos, assim como seus sentimentos. 
Só com esta pequena citação vocês já sabem do que se trata o livro, não é?

"Sinto-me solidária com as mulheres que assumiram suas vidas e que lutam para ter sucesso, o que não me impede, porém, de interessar-me pelas que não conseguiram alcançá-lo". - Simone de Beauvoir, em Balanço Final.
Este livro tem três contos narrados na primeira pessoa do singular e são três diferentes casos de mulheres que foram abandonadas pelos maridos. O primeiro conto trata a respeito da família, dos desejos de uma mãe para com seu filho e de seus desentendimentos com seu marido por conta da chegada da velhice. 
O segundo foi enjoado PARA BARALHO. Uma mulher fora abandonada pelo marido e decorrente a isso sente-se perturbada pela pressão da sociedade, pela perda de sua filha e demais situações do contexto em que está inserida.
O terceiro conto foi o melhor, que entitula o livro. "A mulher desiludida". Conta de como um casamento se tornou instável após 20 anos de matrimônio e como a esposa teve sua vida arruinada por conta do abandono do marido. Não vou dar spoiler, apesar de ser um resenha crítica, pois creio que assim o leitor perde seu interesse pelo livro pois já sabe o que vai acontecer. 

Trago-lhes apenas a informação crítica de que o livro dismitica a idealização das mulheres ainda hoje pelo casamento, pelo zelo do lar sem pensar que futuramente, com o desgaste do corpo, com a monotonia do cotidiano o casamento vai se tornando instável. Ocorrem brigas, ocorrem traição, tanto por parte do homem quanto por parte da mulher e o juramento "até que a morta nos separe" torna-se sem sentido. O casamento, hoje, ainda pode sobreviver moralmente como convenção? Creio que o realismo está predominando na atualidade e o romantismo morre a cada dia deixando espaço para os desejos carnais, a ausência de compromisso para com o próximo, a independência e competitividade, frutos de uma sociedade capitalista e moderna, na qual objetos e pessoas são substituídos, trocados e manipulados. A mulher, portanto, não pode estar presa em ilusões como casamento. O casamento, o namoro, o noivado é uma parte BOA da sua vida, como assim já ouvi um dia. Você deve ter outras partes boas na sua vida, como seu estudo, seu trabalho, sua família e outros. Simone de Beauvoir foi uma ativista do movimento feminista e ainda hoje, o feminismo NÃO É integralmente incorporado à sociedade. Façamos, portanto, que ele seja íntegro e que a igualdade de direitos entre os sexos seja plena e que mulheres, na maioria das vezes, emocionalmente mais fracas do que os homens, como retrata o livro, possam procurar meios em que se apoiar e não apenas nos homens. Abram seus olhos para o mundo e descubram o significado de VIDA.

2 comentários:

  1. Gostei muito da resenha, e realmente me interessei pelo livro! Assim que terminar de ler O Mundo de Sofia, vou procurar por esse título na Biblioteca local.
    Já estou seguindo o blog!
    Kissus!

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    1. Olá, Ana! Fico feliz que tenha gostado. Acredito que este livro é um bom passo para reflexão de como a independência financeira da mulher é importante. Um abraço!

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