sexta-feira, 16 de maio de 2014

O Pensamento Voa - Resenha Crítica

"O Pensamento Voa - Descobrindo o prazer da filosofia" é o primeiro livro da autora Lucy Eyre, nascida e criada em Londres e formada em filosofia pela Universidade de Oxford. O livro pode ser adotado como método didático uma vez em que introduz alguns conceitos imprescindíveis da filosofia como a existência do livre arbítrio, a existência ou não do mundo dos objetos, a moral e os seus valores de certo ou errado, etc. Muitos podem pensar que por se tratar de um livro de filosofia, a leitura é maçante e cansativa, mas não é. A autora faz a narrativa de uma forma simples e fácil de acompanhar, interrompendo em vários momentos o pensamento filosófico para descrever ações simples que ganham humor. É também de forma cômica que a autora cria um mundo em que os filósofos, após a morte, adentram no mesmo. O Mundo das Ideias tem como sem presidente Sócrates, admirado por muitos mas desprezado por Ludwig Wittgenstein, que não avaliava importância na filosofia de Sócrates. Em uma discussão, Sócrates e Ludwig fazem uma aposta que consiste em que Sócrates fizesse uma pessoa normal aprender filosofia, caso contrário, Ludwig se tornaria o novo presidente do Mundo das Ideias. Assim sendo, um garoto completamente normal, Ben Warner começa uma série de passeios pelo mundo dos filósofos mortos para aprender filosofia. 

Esse livro da editora ROCCO é completamente válido, a leitura é agradável e intercala momentos de humor com momentos abertos à reflexão. A autora apresenta a filosofia como uma arte e costume, pois a partir do momento em que se começa a pensar, a mente desenvolve a capacidade de indagar diversas possibilidades em questões bem simples. É um livro especialmente adaptado à leitura jovem, portanto, creio que seja compreensível a um estudante de Ensino Médio que apresente hábitos de leitura.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Em Chamas - Resenha Crítica

Quando terminei de ler "Jogos Vorazes", achei-o bom, embora tenha uma dinâmica muito simples que envolva a história. Guardei uma grande ansiedade para comprar o segundo livro e depois que o comprei e comecei a ler, tive que combater um belo desânimo dentro do enredo. 
"Em Chamas" é o segundo livro de uma trilogia do "The Hunger Games", escrito pela norte-americana Suzanne Collins. Depois da vitória de Katniss e Peeta nos últimos Jogos Vorazes, a dupla que venceu se apresentando como um casal apaixonado precisa convencer a Capital - especialmente o Presidente Snow - de que a tentativa de suicídio nos Jogos não passou de um ato de desespero por amor e não uma ação com cunho revoltoso. 

Particularmente o desenvolvimento do livro e a instabilidade da protagonista me irritou MUITO. MUITO, MESMO. Não acho considerável a indecisão dela em relação aos seus sentimentos, pois ainda que sua situação seja de atuação quanto ao noivado/casamento com Peeta, ela cede à dormir com ele, a ter o carinho dele... tendo em mente sentimentos também por outro. Enfim, o livro passa boa parte demonstrando essa fraqueza da Katniss quanto a tomar uma decisão sobre com quem ela deve ficar. Posteriormente a congratulo pela decisão em morrer para manter o Peeta vivo, mas durante o livro, suas atitudes me deixaram bem desgostosa.  "Em Chamas" me instigou apenas durante os Jogos, a respeito da estrutura da arena e sua elaboração cronológica quanto às armadilhas. Foi interessante a formação de equipe, explanação de personalidades de novos personagens que ganharam mais dinamismo nesses Jogos.  Sendo assim considerei isso como um ponto positivo para o livro, o que validou a leitura. Não gostei do final do livro e para falar a verdade, estou com pouca vontade de continuar a leitura pelo próximo livro.

 
 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Lolita mais do que roupa: o clichê pelo clássico - Artigo de Opinião

Primeira postagem de maio vai abordar de forma simples e rápida o gosto clichê em lolita: o clássico. 
"AHHH, MAS THAIXXXX,  EU SOU LOLITA E NÃO TOMO CHÁ, NÃO GOSTO DE ÓPERA E O BARALHO A QUATRO".
FORK YOU, MAN. A maioria gosta. Eu não conhecia ninguém da minha idade que gostava de chá até conhecer algumas lolitas. Além disso, é típico em lolita o gosto por leitura clássica, música clássica, o típico chá... Acredito que até as mais sweets gostem de alguma dessas situações clichês em lolita.


No filme Kamikaze Girls, Momoko expressa muito bem o interesse de uma lolita pelo clássico. Até porque, afinal, o estilo se inspirou na moda de períodos clássicos, então é completamente natural que além de roupas requintadas, você goste do que além dessas roupas possa estar em um âmbito requintado, dentro de um universo de elegância. Porém, não são todas as pessoas que são influenciadas por essas sensações, sendo assim, nem todos olham para lolita e sentem a sensação do "antigo elegante", mas sim de uma elegância diferente e "atual". Eu particularmente mudo de universo. Não vão encontrar Thaís na realidade vestida de lolita. lol
Eu, aqui, no Breu? Nada, me sinto até parte da nobreza palaciana. /Mentira, não sinto. 

O paradigma que eu quero formular é que ser lolita para muitas acaba não sendo somente usar as roupas, mas ter uma tendência. A tendência é ter essa predisposição a atividades que se relacionam historicamente com a moda lolita, conservando o recato, a elegância. Quem incorpora essas atividades também é considerada lolita life style, mas para mim, essa é uma parte em lolita não relacionada à moda. É estranho dizer "eu sou lolita" somente porque fazemos o uso da roupa. Porém, certamente há uma tendência para o que à influência clássica e atual em lolita (moda) que vai dar uma característica além do visual à lolita. Para mim, pode até ser o gosto por doces. Veja bem, não é estipular um comportamento para uma lolita, então não façamos escândalo, é PREVER um comportamento padrão, formular um paradigma comum em lolitas. Muitas gostam de chá, já vi outras também que ouvem música clássica (hoje mesmo conversava com a Caroline Pazini a respeito de tais músicas), fazem leitura de romances (mulheres sempre leram romances), apreciam bolos bem decorados. 
Enfim, creio que consegui explicar bem a tendência lolita. Ao invés de sermos só um estilo, somos também uma essência. Não uma regra, não um padrão comportamental, mas uma essência do que remete ao clássico. 

E por falar de música clássica, encerro meu pensamento com uma das coisas mais fantásticas que já por esses anos. Já ouviram falar na ária Queen of the Night de Mozart? Vale muito a pena conferir essa interpretação.
https://www.youtube.com/watch?v=r37l5eNJOR0

Abraços e cactos. <3