sexta-feira, 21 de março de 2014

Quem é você, Alasca? - Resenha Crítica

O romance "QUEM É VOCÊ, ALASCA?" é de mesma autoria que "A CULPA É DAS ESTRELAS", John Green. Inicialmente eu não costumo me interessar por esses tipos de romances da atualidade, especialmente porque não curto muito envolvimento de tragédia. Ganhei este livro de aniversário de minha amiga Caral e ela disse gostar muito. Eu, como boa leitora e amiga, não poderia deixar de ler. 



O protagonista Milles Halter é um adolescente apreciador de últimas palavras. Canso de sua vida segura e sem graça em casa, resolve mudar-se para frequentar a escola na qual seu pai estudara, em busca de um "Grande Talvez". Em Culker Creek, o jovem aprende desde a saborear uma nova refeição, dividir seu quarto a ligar o chuveiro para que o vapor cubra o cheiro do cigarro. É lá também que ele encontra Alasca Young, pela qual sente grande interesse.

Basicamente o livro conta as relações interpessoais adolescentes e seus hábitos de socialização. Minha primeira crítica ao livro é a pressão sobre a interação social no universo dos jovens. O garoto chegou à escola e já se pressionou a consumir cigarros e bebidas para se integrar a determinado grupo. SIM, a mensagem que o livro passa é muito bonita e gira em torno dos sofrimentos das pessoas, das perdas e da busca pela felicidade, pelo fim do sofrimento. Todavia, é da capacidade mental de cada indivíduo compreender e aceitar a perda no que diz respeito ao ciclo da vida. Pessoas nascem, crescem e morrem. Algumas naturalmente, outras em fatalidades. Criamos laços com essas pessoas e acabamos nos apegando a elas, mas no que diz respeito à imaginação e o convívio social, a imagem que se tinha de determinada pessoa vai se deteriorando com o tempo. Não se extingue, mas escurece para dar prioridades a outras imagens que concebe o mundo. A pessoa que se prende em casa ou se fecha para o mundo incapacita a sua mente de receber novas imagens, fechando-se em sofrimento. 
Além disso, a fatalidade ocorrida com a personagem foi de tamanha imprudência da mesma em dirigir alcoolizada. Primeiramente, as pessoas não devem curar suas dores com o álcool. A cólera, a depressão se curam através de ferramentas disponíveis às pessoas. A busca do novo, de um sonho ou objetivo. O amor próprio e à vida, coisa que a personagem Alasca não excedia. 
Ser jovem, elaborar trotes, reunir-se em atividades grupais... tudo isso é válido. A vida é muito mais ampla e cheia de oportunidades, por isso, não é justificável para mim que aqueles jovens estivessem envolvidos com o álcool, o cigarro, a maconha ou o que fosse excessivamente. O resultado foi uma morte e não me digam que não sei o que é depressão, pois eu já soube bem o que é isso. É necessário deixar o efêmero agir e seguir em frente, pois quando nos apegamos demais às coisas e às pessoas, esquecemos de nós mesmos. O que, contudo, não significa que essas coisas e pessoas não mereçam nossa atenção.

Ah.

Eu não chorei com o livro. Aliás, para mim, o Miles foi um banana, mas o livro, em conteúdo filosófico-reflexivo, é bastante válido!
Abraços e cactos.

4 comentários:

  1. Oi, Tha linda <3
    Eu estou lendo, A culpa é das estrelas, e com certeza o John Green, tem uma maneira bem simples de escrever e falar sobre o mundo "juvenil", apesar de algumas vezes ele fazer certas apelações desnecessárias.
    adoro a maneira como você faz resenhas, queria fazer resenhas tão bem feitas como as suas, só que não! AHAUAHAUAHAUAHA
    mil beijinhos e cactos!

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    1. Oi, minha flor do campo! Eu achei que foi muito forçado, também! Nana, eu vou tentar te explicar um pouco o meu jeito de fazer resenhas! Um abraço e um cacto!

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  2. Quando eu li "Quem é Você, Alasca?" confesso que fiquei um pouquinho decepcionada. Não sei porque, mas eu esperava mais do livro do que o que aconteceu sabe? Agora, não é um livro ruim. Recomendo O Teorema Katherine, que, dos livros do Green foi o que eu mais gostei. ^~^
    Um beijo: *

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    1. Termina em tragédia? Curto tragédia não. UASHHSAHSUHA Eu já esperava algo ruim do livro porque minha amiga disse que tinha tragédia, então nem enchi a expectativa. Acho que o romance fraco foi meio broxante para todas, não é? kkkkkkkkkkk Abraço e cacto!

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