segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O Pequeno Filósofo - Resenha Crítica

O livro é narrado pelo protagonista que se encontra em diversos estados. A dimensão não é muito bem relatada e se confunde com sonho e realidade. Ocorre um diálogo, durante o cenário atemporal entre um menino e o homem.

Não, meus queridos. Eu não diria que "O Pequeno Filósofo" se trate de um livro infantil. "Simplicidade era o seu tema preferido." Acredito, em minha nada humilde opinião, que o livro é escrito em uma linguagem simples, sem rebuscamento e com perguntas pertinentes conduzidas através do método socrático propositalmente. O autor Gabriel Chalita é claramente um símbolo na educação brasileira, possuidor de várias graduações, mestrado e doutorado. A obra pode ser introduzida à crianças, mas acredito que o objetivo do livro seja tocar, na verdade, a inocência adormecida nos adultos.
"... A criança é linda. O adulto é feio."
"Eu discordo de você. O adulto é tão lindo quanto a criança."

O livro dá abertura à diversas reflexões, como "o que um adulto deve cultivar para ser tão lindo quanto uma criança?". O que torna mais pertinente minha suposição de que o foco do livro é para o adulto, mas sua capa, sua simplicidade são propositais para uma mudança dimensional. Da mesma forma que o filósofo é um menino, que leva o protagonista do livro repensar sua infância, em como ele era e o que o fez mudar. Os adultos não foram sempre as criaturas frias que são, mas já tiveram os olhos e coração de uma criança. Por que isso mudou? Creio que o livro é muito mais do que um simples conto para uma criança, mas uma lição de vida e renascimento ao mundo aos olhos daqueles que conseguem ver.

Daqueles que conseguem ver.
"Você não prestou atenção".

4 comentários:

  1. Ainda não li esse, mas me veio à mente O Mundo de Sofia.
    Vou adicionar à minha lista de leitura!

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    1. Menina, já ouvi falar de "O Mundo de Sofia"! Deve ser muito bom, também. Não me recordava dele. Esse aí é muito bom e você o lê em algumas horas. Um abraço!

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  2. Eu peguei uma certa raiva do Chalita por causa do livro "Pedagogia do Amor", que diz que temos que amar nossos alunos para educar e no final é só um livro de filosofia e auto-ajuda. D:

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    1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. É complicado. Isso parece ter um cunho cristão, porque pregam que devemos amar a todos. Eu gostei muito deste livro, Mary, mas não conheço mais obras do autor.

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